quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arctic Monkeys - Análise Musical e Análise de Álbuns

A banda que foi influenciada pelos Strokes no começo da carreira, mudou consideravelmente de sonoridade durante os álbuns e se tornou uma das maiores promessas da música mundial. Estamos falando de Arctic Monkeys.

No começo, Alex Turner e sua turma acabaram fazendo uma pequena revolução pelo Reino Unido. Eram adolescentes talentosos, que juntavam ótimas letras com vocais agudos, largados e meio rapidos com frases de guitarra a la Strokes, progressões que lembravam muito punk rock e uma coisa meio garagem. Essa mistura deu origem ao primeiro álbum "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006)".
Nesse álbum, algumas músicas chamam atenção pela sua pegada meio rock de garagem dançante e/ou composições surpreendentes. Destaque para as canções "A Certain Romance", "Dancing Shoes", "Fake Tales Of San Francisco", "From The Ritz To The Rubble", "I Bet You Look Good On The Dancefloor", "The View From Afternoon" e "When The Sun Goes Down".
É um disco muito bom pra quem gosta de uma música mais animada, dançante, crua e divertida, com bons refrões e guitarras ainda melhores.

Os jovens cresceram mais um pouquinho e um ano depois do lançamento
do primeiro album, lançaram seu segundo, o "Favourite Worst Nightmare (2007)". O segundo por sua vez, era muito diferente do primeiro. Os Monkeys tornaram as progressões mais complexas e as vozes ainda mais rápidas que chegavam a ficar difíceis de se cantar. Além disso as canções ficaram um pouco mais sóbrias e sérias e mais profissionais do que no disco anterior. Nesse álbum, em algumas músicas também foram incorporadas linhas de teclado, o que deixou a sonoridade ainda mais séria, mas em outras canções ainda haviam resquícios de primeiro álbum. Particularmente, Favourite Worst Nightmare é o melhor álbum da banda até o momento. Canções que merecem destaques são: "505", "Balaclava", "Brianstorm", "D Is For Dangerous", "Do Me A Favour", "If You Were There, Beware", "Old Yellow Bricks", "The Bad Thing" e "This House Is A Circus". Ótimo álbum pra quem gosta de músicas bem trabalhadas, bem compostas, muitas vezes agitadas e até um pouco pesadas, com ótimas pegadas instrumentais e vozes e backing vocals muito bem feitos. O disco definitivamente provou que eles não passaram pela crise do segundo álbum.


 Seguindo a tendência do segundo álbum e produzido pelo líder do Queens Of The Stone Age, Josh Homme, "Humbug (2009)", o terceiro álbum de estúdio da banda, ficou mais sóbrio e sério ainda, chegando a ser até meio sombrio. Totalmente diferente do primeiro, Humbug é um disco com músicas mais pesadas e mais down, com muita influência do produtor Josh Homme nas guitarras. Os vocais voltaram a ser um pouco mais lentos e os intrumentos ficaram cada vez mais independentes em relação a progressão musical. A sonoridade em geral também pegou um feeling muito bom e cativante. É também o trabalho mais maduro da banda e com ele, a banda se tornou uma das promessas da música mundial. As faixas que se destacaram foram: "Cornerstone", "Crying Lightning", "Dance Little Liar", "Dangerous Animals", "My Propeller", "Potion Approaching" e "Pretty Visitors". O álbum é pra quem gosta de músicas mais lentas e sombrias, com auges musicais muito bem bolados dentro de cada canção.

Dentro das três fases do Arctic Monkeys, eles foram ótimos no que se proporam a fazer e não é a toa que vários músicos famosos declararam ser fã da banda. Não duvido nada que daqui a uns dez anos ela estará no mesmo patamar de popularidade de bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, Oasis, Nirvana e etc.
Arctic Monkeys promete!

Até.

vin.il

2 comentários:

  1. só esqueceu de citar a mudança do baixista entre os dois primeiros álbuns, mas o resto tá 10. arctic monkeys manda.

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  2. Muito legal ver algo de 12 anos atrás kjkkk Arctic Monkeys segue sendo maneiro, estouraram depois do AM e fizeram algo incrível no Tranquility (há quem discorde) Não sei se chega ao patamar de Led Zeppelin mas os caras são fodas.
    Seguimos no aguardo do 7° álbum.

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