domingo, 25 de abril de 2010

Quem é o novo guitarrista do Red Hot Chili Peppers?

Pois é, como poucos sabem, o Red Hot Chili Peppers está com um novo guitarrista e o nome dele é Josh Klinghoffer. E como poucos - também - sabem quem ele é, vou tentar falar sobre esse músico e produtor musical que substituiu John Frusciante e está gravando com os Peppers. Klinghoffer tem em seu currículo bandas e músicos como Perry Farrell, Gnarls Barkley, PJ Harvey, Beck, e etc. Amigo de longa data de Frusciante e do RHCP, realizou alguns shows da turnê Stadium Arcadium, já gravou uma série de álbuns com o ex-guitarrista e os dois são membros de um supergrupo chamado Ataxia. Recentemente, deixou o cargo de baterista do Warpaint para trabalhar com os Peppers, seus novos companheiros.

Sua estreia como um Pepper oficial aconteceu no evento MusiCares no dia 29 de janeiro, eles tocaram a música "A Man Needs a Maid" de Neil Young. Aqui segue o link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ecaWttSrfZY

Uma performance do Josh ainda como um coadjuvante na turnê Stadium Arcadium: http://www.youtube.com/watch?v=KQOFAhqGG9k

E é isso, vamos ver do que será o próximo álbum! Tchau.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

John Frusciante: Curtains (2005) - Análise de Álbum


Bom, pra quem não sabe, John Frusciante é guitarrista, cantor, compositor e produtor musical. Ficou mais famoso por ter sido o guitarrista da banda Red Hot Chili Peppers. Atualmente, se dedicando inteiramente ao seu projeto solo e outros por aí.

Projeto solo que começa, "oficialmente", em 1994, com o lançamento de seu prirmeiro álbum chamado Niandra LaDes and Usually Just a T-Shirt. Isso depois de sua primeira saída do Red Hot, em 1992. Parte de seus 13 álbuns foram lançados em sua fase mais negra, negativa e obscura. E é sobre um desses 13 álbuns que eu vou falar: Curtains, de 1995.

Já de volta ao Red Hot, é o sexto álbum solo de uma séries de discos lançados por ele ao longo de 2004. Um álbum simples, claro, curto, tranquilo, com melodias e letras depressivas. Letras bem compostas, todas por ele, que falam sobre experiências passadas, autoanálise, e etc. Composto, basicamente, por violão e piano. Em contraste com seu álbum prévio, A Sphere in the Heart of Silence. Conta com participações de Carla Azar (Autolux), Ken Wild e Omar Rodruíguez-López. Destaque para as faixas "The Past Recedes", "Lever Pulled", "Anne", "Real", "Control", "Hope", "Time Tonight".


Gravadora: Record Collection
Data de Lançamento: 1/2/2005
Gênero: Rock alternativo/folk
Download: http://www.megaupload.com/?d=6TEY8J78

P'ra quem acha o som dos Peppers muita luz para os olhos, talvez esse álbum seja o procurado, assim como a sua discografia. Particularmente, esse é o melhor álbum desse rapaz que tem um modo de pensar completamente único.

Tchau.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arctic Monkeys - Análise Musical e Análise de Álbuns

A banda que foi influenciada pelos Strokes no começo da carreira, mudou consideravelmente de sonoridade durante os álbuns e se tornou uma das maiores promessas da música mundial. Estamos falando de Arctic Monkeys.

No começo, Alex Turner e sua turma acabaram fazendo uma pequena revolução pelo Reino Unido. Eram adolescentes talentosos, que juntavam ótimas letras com vocais agudos, largados e meio rapidos com frases de guitarra a la Strokes, progressões que lembravam muito punk rock e uma coisa meio garagem. Essa mistura deu origem ao primeiro álbum "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006)".
Nesse álbum, algumas músicas chamam atenção pela sua pegada meio rock de garagem dançante e/ou composições surpreendentes. Destaque para as canções "A Certain Romance", "Dancing Shoes", "Fake Tales Of San Francisco", "From The Ritz To The Rubble", "I Bet You Look Good On The Dancefloor", "The View From Afternoon" e "When The Sun Goes Down".
É um disco muito bom pra quem gosta de uma música mais animada, dançante, crua e divertida, com bons refrões e guitarras ainda melhores.

Os jovens cresceram mais um pouquinho e um ano depois do lançamento
do primeiro album, lançaram seu segundo, o "Favourite Worst Nightmare (2007)". O segundo por sua vez, era muito diferente do primeiro. Os Monkeys tornaram as progressões mais complexas e as vozes ainda mais rápidas que chegavam a ficar difíceis de se cantar. Além disso as canções ficaram um pouco mais sóbrias e sérias e mais profissionais do que no disco anterior. Nesse álbum, em algumas músicas também foram incorporadas linhas de teclado, o que deixou a sonoridade ainda mais séria, mas em outras canções ainda haviam resquícios de primeiro álbum. Particularmente, Favourite Worst Nightmare é o melhor álbum da banda até o momento. Canções que merecem destaques são: "505", "Balaclava", "Brianstorm", "D Is For Dangerous", "Do Me A Favour", "If You Were There, Beware", "Old Yellow Bricks", "The Bad Thing" e "This House Is A Circus". Ótimo álbum pra quem gosta de músicas bem trabalhadas, bem compostas, muitas vezes agitadas e até um pouco pesadas, com ótimas pegadas instrumentais e vozes e backing vocals muito bem feitos. O disco definitivamente provou que eles não passaram pela crise do segundo álbum.


 Seguindo a tendência do segundo álbum e produzido pelo líder do Queens Of The Stone Age, Josh Homme, "Humbug (2009)", o terceiro álbum de estúdio da banda, ficou mais sóbrio e sério ainda, chegando a ser até meio sombrio. Totalmente diferente do primeiro, Humbug é um disco com músicas mais pesadas e mais down, com muita influência do produtor Josh Homme nas guitarras. Os vocais voltaram a ser um pouco mais lentos e os intrumentos ficaram cada vez mais independentes em relação a progressão musical. A sonoridade em geral também pegou um feeling muito bom e cativante. É também o trabalho mais maduro da banda e com ele, a banda se tornou uma das promessas da música mundial. As faixas que se destacaram foram: "Cornerstone", "Crying Lightning", "Dance Little Liar", "Dangerous Animals", "My Propeller", "Potion Approaching" e "Pretty Visitors". O álbum é pra quem gosta de músicas mais lentas e sombrias, com auges musicais muito bem bolados dentro de cada canção.

Dentro das três fases do Arctic Monkeys, eles foram ótimos no que se proporam a fazer e não é a toa que vários músicos famosos declararam ser fã da banda. Não duvido nada que daqui a uns dez anos ela estará no mesmo patamar de popularidade de bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, Oasis, Nirvana e etc.
Arctic Monkeys promete!

Até.

vin.il

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Hora do Rush


Sempre curti os filmes do Jackie Chan e um dos meus discos favoritos é o 'Rush in Rio'!
Mas não vou aqui ficar falando desse power trio, vou mostrar. Selecionei cerca da 60 minutos de vídeos deles, que seguem:

La Villa Strangiato:
http://www.youtube.com/watch?v=78D00dYOBrM&feature=related

Show Don't Tell:
http://www.youtube.com/watch?v=--OPPqaqx7g

Xanadu:
http://www.youtube.com/watch?v=qH_PPzcpeBw&feature=channel_page

Big Money ( repare que eles tocam em cima de um tabuleiro de Banco Imobiliário!):
http://www.youtube.com/watch?v=urmKhAulBqM

By-Tor and The Snowdog:
http://www.youtube.com/watch?v=t79P_UBKXRI

2112:
http://www.youtube.com/watch?v=Z6zZ3c4p62E&feature=related parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=VuUdm8jxkVQ&feature=related parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=pVpa8v0-B28&feature=related parte 3

Eu na verdade gostaria até de colocar mais, entretanto, para manter a piada infame, vou ficar só com esses, acho até que excederam 60 minutos...
Depois de ver tudo isso e simplesmente ficar estupefato com o que três caras podem fazer, só tenho a dizer que essas bandas formadas em 1968 são fogo viu?

Brinde, Rush fazendo cover de The Who levando 'The Seeker':
http://www.youtube.com/watch?v=6QUWkFeGQ0A



Hermano L.P. da Silva diz:
cara sempre chamei aqueles discos vinis de LP mesmo...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Alice In Chains - Análise Musical

Mórbido, lento, pesado, agonizante, suave e belo. Pode parecer estranho mas essas são sim as palavras-chave do Alice In Chains.
Sem dúvida nenhuma, o quarteto foi a mais diferente banda vinda do movimento grunge e do contexto de Seattle no final da década de 80 e início da de 90.
A banda conseguiu justar várias vertentes musicais como o hard rock, heavy metal, country, blues. E curiosamente, não se pareciam nem um pouco com as outras banda consideradas "grunge".

Começando por seus membros, é difícil não reconhecer a voz bem posta, anasalada, rasgada e única de Layne Staley, e claro, seu enorme alcance vocal. Você consegue perceber toda a dor e ódio que ele sentia nas músicas e ainda assim entender sua melancolia. Veja isso em músicas como as mórbidas Angry Chair e Frogs e no blues sombrio de Real Thing, assim como na curiosa e bela Love, Hate, Love e na viajante I Stay Away. Além disso, seus gritos agonizantes dão uma certa sensação de prazer a qualquer um que ouça Man In The Box ou Rooster. Suas letras quase sempre tristes e melancólicas eram refletidas com perfeição e fluidez nas canções. Com certeza Layne foi um gênio da música e deve ser lembrado mesmo depois de sua morte.

Já Jerry Cantrell, consegue prender qualquer um com seus solos e riffs naquela guitarra suja e distorcida ou então com aqueles violões que parecem estar estrapolando o limite dos alto-falantes. É excitante ouvir sua guitarra nas cheias de violão Nutshell e Brother, ou os pequenos riffs das também acústicas No Excuses e Got Me Wrong. Pra não deixar de falar das canções acústicas, o country lento de Don't Follow consegue acalmar qualquer coração nervoso.
Além das guitarras, Jerry é conhecido também como vocalista da banda, o que se pode perceber nas já citadas Brother, No Excuses e Don't Follow, nas excêntricas Heaven Beside You e Over Now, no refrão confuso de I Know Something, e ainda nos duetos com Layne como em Would?, na "tearjerker" Down In A Hole e na já citada Got Me Wrong.

O baixo da banda foi dividido entre dois Mikes: Starr e Inez. Sempre na marcação perfeita e se destacando quando necessário, a linha de baixo do Alice In Chains é maravilhosa. Em Rotten Apple e Would? você consegue ver o que são riffs poderosos de baixo. Em I Know Something e No Excuses, é possível perceber a sabedoria com que a linha foi criada.

Sobre a bateria do Alice In Chains é dificil não falar nada. Sean Kinney fez um bom trabalho em quase todas as músicas e como seria impossível falar sobre todas as músicas da banda e a linha de bateria de cada uma, seria melhor citar as que relamente surpreendem.
Com suas eventuais batidas fora do tempo, é fato que você sente uma leve dor de cabeça confortável quando o ouve tocando, como exemplo te recomendo Love, Hate, Love, Angry Chair e I Know Something. Alternando sempre em chimbais e viradas geniais, a mesma dor de cabeça retorna em Bleed The Freak e Them Bones. Ainda assim, a obra prima de Sean Kinney como baterista do Alice In Chains, foi No Excuses. Posso te garantir que nunca ouvirá nada igual na sua vida.

A discografia se resume em apenas três discos e vários EPs que foram mais do que suficientes para provar a genialidade do quarteto. Recomendo o EP Jar Of Flies e o primeiro álbum, Facelift.

Eu sei que paguei muito pau nessa análise porque o Alice In Chains é a minha banda favorita então reduzam uns 20% do que escrevi aí, alright?

Enfim, por hoje é isso. Até

vin.il

terça-feira, 31 de março de 2009

Do something new!

Na música, inovar sempre foi visto como o aparecimento de uma musicalidade diferente de uma banda ou um movimento. Porém se cairmos nesse mesmo pensamento, nunca chegaremos à uma conclusão do que realmente seja inovação. Além disso, inovação também poderia ser vista por um lado ruim quando é feita de qualquer jeito. Não basta só inovar: tem que saber inovar. Falarei aqui sobre bandas que souberam inovar.


Começando com o apelo pop excêntrico e criativo do Red Hot Chili Peppers, a banda conseguiu se inovar a cada disco que se sucedia. Apesar de nunca perder o baixo poderoso de Flea e as rimas quase sempre "non-sense" de Anthony Kiedis, conseguiu gerar uma linha evolutiva extremamente expressiva na sua própria história. Às vezes fica até difícil acreditar que foi a mesma banda que conseguiu compor Falling Into Grace, Give It Away, Scar Tissue, Road Trippin' e Slow Cheetah. Até hoje eu aplaudo Aeroplane, Dosed e Charlie toda vez que as ouço.
O que me espanta no Red Hot Chili Peppers é facilidade que eles tem de serem pops - quem nunca ouviu Californication e Dani California? -, alternativos e misturados demais ao mesmo tempo. Isso sim é inovar com moral.



Mas falar de Red Hot Chili Peppers é babado demais. Se chegarmos mais nos tempos de hoje, podemos ver o Muse.

Resumindo, Muse é uma banda linda de doer. Misturando pitadas de música clássica com rock moderno, conseguiram chegar numa musicalidade quase perfeita sem puxar para a mesmice do metal, isso foi majestoso. Ouça Assassin, Invincible, Exo-Politics e Take A Bow pra ver - ou ouvir - do que eu estou falando. Isso sem passar é claro pelas mais pops, que não significam piores, como Supermassive Black Hole e Starlight. O feeling da banda é totalmente ótimo: ouça Matthew Bellamy cantando e me entenda.



Às vezes inovar pode ser apenas na idéia, assim como o AC/DC.
Ao contrário do que toda banda quer, em vez que querer mudar sua sonoridade, o AC/DC inovou com a idéia de continuar sempre com o mesmo rock de sempre. Pode se perceber isso quando se ouve qualquer música da banda: de cara você reconhece aquela bateria marcada e os riffs simples, ridículos - no bom sentido - e viciantes de Angus Young.
O problema disso é que as canções chegam a ser parecidas demais. Já ouvi pessoas se confundindo entre Highway To Hell e Shook Me All Night Long.
Saudar o Rock como em Let There Be Rock e For Those About To Rock We Salute You, por exemplo, é marca registrada deles.
E um fato curioso sobre eles é que trocaram de vocalista e não perderam a essência e a maioria dos fãs como a maior parte das bandas nas quais isso ocorreu. Conseguiram inovar até sem querer.

O Coldplay segue quase a mesma linha de pensamento do AC/DC e junto a isso uma sonoridade parecida apenas com o A-ha. Mesmo depois de tanto tempo conseguem fazer músicas tão parecidas na qualidade, métrica e beleza. Ouça Fix You e Violet Hill para comparar.


Houveram também movimentos que conseguiram inovar nem tanto pela musicalidade, mas pela ideologia. Foi o caso do grunge - com Nirvana, Alice In Chains, Soundgarden, Pearl Jam, Green River -, a terceira onda de Ska - com exemplos mais famosos Sublime e Less Than Jake - e o rap, com o poderoso Public Enemy, além de vários outros que não precisam nem de serem citados. Tais movimentos conseguiram quebrar vários tipos de "crenças musicais" de suas épocas e se perpetuam até hoje.

Por final, aqui vai uma pequena lista de bandas que considero inovadoras (sei que existem muito mais, porém são as que eu mais costumo ouvir): Days Of The New, Foo Fighters, Interpol, Jamiroquai, Mad Season, MGMT, Chico Science & Nação Zumbi, Ócio, Radiohead, Rage Against The Machine, Sonic Youth, Sublime, Stereophonics, The Flaming Lips, The Smashing Pumpkins, The Strokes, VAST e eu cansei de procurar na minha lista do Winamp.

É isso, até a próxima.

vin.il

O Triunvirato do rock pesado




Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin, em ordem alfabética para não desmerecer nenhum dos três conjuntos. Estes foram os maiores nomes do início de um rock'n'roll mais pesado; riffs marcantes, um pouquinho de experimentalismos, vocais arregaçando, solos com sentido e beleza melódica, ritmos envolventes; era coisa caprichada que esse ingleses aprontavam.

O Sabbath soa pesado como um marreta caindo numa bigorna (daquelas da ACME, sabe?), mas eles estão longe de serem só isso, com certas influências jazzísticas, em muitas músicas os pais do Heavy Metal mostram que não há limites para ser completo, poderoso e surpreendente. Aconselho que escutem 'Symptom of the Universe' e 'Air Dance', essa segunda, para os desavisados, pode não parecer com o velho Black Sabbath, e é ai que você fica boquiaberto!

Deep Purple é a banda com teclado(!) e com muitas influências clássicas em suas músicas. Já em 69 eles tocaram com orquestra e basta ouvir alguns solos para perceber que há algo a mais ali. Embora, é claro, sejam galgados no blues. Pois bem, o que os torna mais notórios possivelmente é o riff mais famoso do rock: Smoke on the Water, reconhecido nas duas primeiras notas por qualquer ser que já ouviu falar de rock na vida. Ouvir 'Lazy' e 'Burn' é ter uma verdadeira aula.

O Led é insano, influências diversas e cada álbum trazendo aspectos distintos do outro, porém era ao vivo que eles mais se destacavam, era onde eles trascendiam facilmente de suas individualidades e tornavam-se unos, formando uma estrutura musical afiadíssima, tanto que algumas músicas foram até compostas durante improvisos em apresentações! Eles tocam country, blues, reggae, rock e, eu juro, até uns resquícios de samba! Duvida? Ouça 'Fool in the rain' e para pirar absurdamente curta 'The Lemon Song'.

Na verdade, na verdade ouça tudo de todos os álbuns desses ingleses!
Mas é claro que eles não foram os únicos, havia Uriah Heep, Wishbone Ash, UFO, Blueoyster Cult... Não obstante, sem parecer favoritismo, o Triunvirato é o Triunvirato!
Ah! Quer uma coisa curiosa? Todas as bandas desse poderoso trio foram formadas em 1968.


Hermano L.P. da Silva